Autores de livros infantis de Brasília

sexta-feira, 8 de março de 2019

IVETE em... ERA UMA VEZ UMA BIÓLOGA

IVETE
Valente 
Pessoa 
Elegante 
Inteligente 
Competente 
Vem contar histórias 
E dar um beijo na gente! 
Urgente!

A BIÓLOGA
Ivete Valente, nossa oitava contadora de histórias homenageada, vem de uma trajetória bem curiosa. Sua formação no ensino médio foi em técnico de enfermagem, de modo que trabalhou em hospitais por um tempo. Mas sentia algo incompleto em seu íntimo, seu caminho ainda não seria bem esse. Formou-se em biologia, foi muito feliz trabalhando no Jardim Botânico de Brasília por 10 anos. Como bióloga, viajou o Brasil, participou de muitos congressos importantes e fez concurso para professora de biologia na Secretaria de Educação. Conciliou as duas funções até que, por causa da política, assumiu definidamente a profissão de docente. Sentiu de novo um vazio inexplicável. Sua missão ainda estava incompleta. Fez uma especialização em educação sexual. Colaborou na SEDF com projeto dedicado ao ensino médio por seis anos. Era a professora que agregava o conhecimento da enfermagem, da biologia e o da vida, fazendo a diferença na vida dos seus alunos.


RAIO X
Nome: Ivete Valente
Contadora de histórias desde: 2008
Público alvo: adulto
Tipo de comida preferida: baiana
Bebida preferida: cerveja
Praia/campo: praia
Estação do ano: inverno
Programa de TV: Altas Horas
Rádio: CBN
Diversão: tudo aquilo que a faz feliz, seja um passeio ou uma simples conversa
Qualidade: sempre alegre
Defeito: muito exigente
Desafio: não tomar decisões pelos outros
Sonho: Que a contação de histórias fosse para todos os alunos, sejam eles grandes ou pequenos, principalmente para os alunos EJA séries iniciais

A CHACOTA
A sua entrada para o mundo das histórias surgiu num momento muito engraçado. Cursos lúdicos geralmente não são oferecidos para docentes do ensino médio. Ivete sequer imaginava que tal curso existia, e se existisse, para que serviria, não é mesmo? O memorando para indicar um professor virou motivo de chacota na sala dos professores. A brincadeira da ocasião era “-Quem vai?”, Quem vai??”, e ela brincou: “- Eu vou!, essa vaga é minha!” Foi um burburinho divertido. A contagem de pontos estava a seu favor. Ela foi mesmo, sem a menor ideia do que viria pela frente.

O CURSO
Sentadinha bem bonitinha, no seu perfil adulto, na sala do curso. Quem chegou? Maristela Papa, toda fantasiada de uva, da roupa à sandália, e logo viria a contar uma história sobre vinho. “Que esquisito, eu hein!”, pensou ela, achando tudo muito estranho. Ocorreu um certo tumulto no início do curso. Professores demais para vagas de menos, brigando com unhas e dentes para poder ficar. Ela não estava entendendo nada daquilo, mas ficou quietinha.

Não gostou do primeiro dia. Sentiu-se sozinha, estava muito fora da sua realidade. Ali, naquele local, só existiam pedagogos. Continuou não entendendo nada daquilo, mas ficou quieta e também não ofereceu sua vaga pra outro. Quis dar a si mesma, e ao curso, mais uma chance. Voltou na segunda aula. Achou novamente tudo muito mais esquisito ainda, porém se apaixonou por aquela esquisitice tornando-se a aluna mais participativa, sem perder um minuto sequer das aulas subsequentes.

ABAIXO À HOSTILIDADE
O encantamento da literatura oral aconteceu com ela. Sua vida mudou. Foi a história do vinho, da Maristela! O curso de contação de história a transformara como professora. Antes ela era mais hostil e sisuda. Ficou mais suave, mais alegre em sala de aula, e mais aberta ao diálogo. Desde então aplicou seus novos conhecimentos em turmas do EJA, das quais recebe vários relatos de vida. Escreveu seu artigo de pós-graduação em “A arte de contar histórias” sobre esse tema. Os alunos, segundo ela, ficam esperando o dia da história. A porta encantada que se abriu à sua vida "é bem mais fantástica, prazerosa, lúdica e é vivida com muita responsabilidade".

AÇÃO!
Ivete gosta de contar histórias para adultos. Atua em aniversários, unindo a história de vida com a comicidade, trazendo alegria. Realiza abertura de reuniões para pais ou professores e se apresenta em datas comemorativas. Para o dia da mulher desenvolveu uma fantasia fifty/fifty, lado homem/mulher. 

Suas histórias favoritas para contar são “O caso do espelho”, um conto popular repassado pelo seu pai desde sua infância; “A moça tecelã”, de Marina Colassanti; e o conto da mitologia grega “Píramo e Tisbe”.

FRASE PARA OS AMIGOS CONTADORES DE HISTÓRIAS
“Quando me perguntam por que conto histórias, eu respondo: - Conto e ouço histórias para ser feliz.”
Troféu de super contadora para Ivete! 

Conheça também os contadores:
João do Couto, de Aragarças/GO

Um comentário:

  1. Contar história não se resume nisso.
    Contar história é sentir-se personagem, preocupante se ele for diferente de nós.
    Parabéns à valente Ivete Valente que enfrenta o desafio de contar histórias para quem não se interessa por elas.

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Obrigada pelo carinho e pela participação. Abraços derretidos pra você... Giulieny Matos