sexta-feira, 20 de março de 2020

Nilva Mitral, a homenageada do dia internacional do contador de histórias 2020

“O pensamento não aceita prisão.” Nilva Mitral
RAIO “X”
Nome Nilva de Souza Monteiro
Nome artístico Nilva Mitral
Nasceu em Natinópolis/Go
Mora em Brasília desde 1983
Aniversário 9 de agosto
Família Pedro Luíz (28) e Gabriel Luíz (26)
Profissão Psicopedagoga SEEDF aposentada
Lugar preferido O local onde está em cada momento
Comida preferida Arroz com pequi
Bebida preferida Suco de melancia com limão
Natureza Terra
Hobby Ver filmes
Filme preferido “UP – Altas aventuras”
Time de futebol Vasco
Ama A vida, a claridade do sol
Detesta Pessoa que puxa pra baixo
Qualidade Resiliente
Defeito Desligada das redes sociais (risos) e perfeccionista
Mania de cutucar suas pequenas feridas
Medos Aqueles que mães têm para com os filhos
Histórias que mais gosta de contar A menina Derretida, a do João Jiló e o Catador de Pensamentos  
Um sonho Produzir um espetáculo de contação de histórias

No dia internacional do contador de histórias (20 de março) quero homenagear uma contadora muito importante para a minha vida literária. Nilva Mitral! A querida Mauricéia Lopes, madrinha da Derretida, apresentou Nilva Mitral para mim. Lembro-me como se fosse hoje. Eu não fazia ideia do mundo onde eu estaria entrando, de que portas eu estaria abrindo, de quantas amigas eu estaria ganhado. Ela foi a primeira pessoa a preparar o livro A menina derretida de forma lúdica ao público. Nilva emprestou sua voz, seu corpo, sua criatividade e seu carisma para dar vida à Menina Derretida, aquela que conquista cada vez mais amores por todo o Brasil. 

Lançamento do Livro A Menina Derretida

Nilva Mitral é uma contadora versátil, capaz de decorar textos imensos ou apresentar histórias mais curtas com energia e criatividade. Conquista qualquer público com seu toque de carinho. Entra na alma do ouvinte, faz com que ele viva a história e receba uma mensagem de paz e de alegria.

Todos ficam curiosos para saber como surgiu esse codinome... MITRAL! (risos). Quando fazia o curso de teatro com Plínio Mósca foi diagnosticada com prolapso na válvula mitral ao mesmo tempo em que ele insistia para que todos elegessem um nome artístico interessante, único e representativo. Em homenagem a esse descompasso, foi "batizada" com esse sobrenome.

A contação de história não pode parar!
Um dos fatos marcantes da vida de Nilva Mitral ocorreu ao ser contratada para contar história quando o pai, com câncer, estava internado no hospital. O pai foi o primeiro a incentivá-la a não deixar de ir se apresentar. “– Você vai lá!”. Quando voltou, perguntou-lhe: “– E aí filha, como foi?”. “Aquele foi um momento muito importante pra mim, pela valorização que ele dava aos meus interesses e objetivos. A contação de história pode ser uma válvula de escape, um canal motivador, para saber que estou viva, que sou útil”, nos conta. 

1ª Bienal do Livro e da Leitura de Brasília

O lado lúdico e criativo herdou do pai. Ele gostava muito de circo! No interior, todos vão muito ao circo. Quando Nilva voltava pra casa, brincava de professora, amarrava pano no varal para fazer de conta que era a cortina do palco, inventava. A escola foi uma oportunidade, o palco principal para seu desenvolvimento. Na sua sala de aula sempre havia livros, histórias, cantigas de roda, criação de livros e muita imaginação. Nasceu para ser professora, foi realizada e realizou o sonho de seu pai que era ter uma filha professora.

Um dos seus primeiros trabalhos foi em Santa Maria da Vitória/BA. Fora convidada a trabalhar na Biblioteca campesina daquela cidade onde desenvolveu o projeto “Ninho de Letras”. As escolas levavam os seus alunos para lá, tendo muita muita repercussão positiva na cidade.

Nilva nos revela que sempre procurou adaptar o livro à realidade das crianças. "A menina e o cobertor", por exemplo, "foi um livro que eu amei trabalhar!”. Pediu para cada criança trazer seu cobertor para a aula. Brincou com seus alunos de contar os lados da manta, de dobrar, de rolar por cima, mergulhar na pilha de cobertores... Apesar de ter sido maravilhoso para elas, era duramente criticada pela coordenação/direção da escola particular onde trabalhava, infelizmente. 

“O pensamento não pode ser preso. 
Ninguém prende ninguém. 
O pensamento não aceita prisão.” 
Nilva Mitral 

Nilva nos lembra com carinho de algumas apresentações que ficaram marcadas em seu coração. Responsável pelo lançamento do livro A Menina derretida na livraria, nos conta que foi também um aprendizado, pois era um texto rápido, relativamente curto em relação às outras histórias que contava, precisava colocar um ritmo, movimento, teve de criar uma música com enredo. A autoria da música da Derretida é de Nilva Mitral! "Foi interessante e gratificante toda a criação do processo. Na primeira Bienal de Brasília a Giu ia para um lado e eu para outro contando Derretida (risos)".

Foram marcantes também o I Seminário de Alfabetização realizado no plano piloto, na Escola Fazendária; o Projeto na PFDF de contar histórias para as detentas (com Giulieny) e uma visita especial ao CILT (Centro Interescolar de Línguas de Taguatinga), quando ainda era uma escola pequena. Nesse evento, sua missão era se apresentar para um grupo de jovens. Quando entrou, a plateia era composta por adolescentes aparentemente hostis, vestidos em rouponas pretas. No início estavam de conversa, desrespeitando e sem interesse. A mente criativa e meiga da contadora de histórias Nilva Mitral tocou carinhosamente na mão de cada um deles.  Foi quebrado o gelo com esse toque singelo, e a plateia se conectou com Nilva. Depois, tinha gente até chorando e pôde concluir sua apresentação.

Participou do projetos Também Quero Ler 1 e 2, onde fomos pra Mambaí e Rio Verde, com Giulieny, Mauricéia Lopes, Ilson Lopes, Rosimar Monção, Jackeline da Mil Dedoches, Mara e outros amigos.

Nilva, Giulieny, Ademir e Marco Bessa
Nilva participou de inúmeros cursos de formação para contadores de histórias e teatro com Professor Alberto Bruno, Diretor da Escola Companhia de Ilusão e Plínio Mósca. O curso “Confabulando” foi um dos mais marcantes, pois estavam presentes muitas pessoas importantes da cultura ligadas ao curso. É pedagoga com especialização em psicopedagogia. Atualmente é líder das mulheres na sua igreja. Organiza congressos, eventos para as datas comemorativas e promove cursos de empoderamento e de autoconhecimento. 

Para contratar Nilva Mitral ligue 61 99253-9605 ou e-mail nilvamonteiro1@gmail.com


Sabia que existem mais duas reportagens com Nilva Mitral? Links abaixo:


DICA DO BLOG 
O amor à contação de história transforma a realidade do contador e do ouvinte. 

Foto by Catarina de Matos, Explanada dos Ministérios/Brasília

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3 comentários:

  1. Que bacana, essa moça!
    Ela sabe que quem mais ganha é ela mesma!
    Parabéns, Nilva!

    Marta Teixeira

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    1. Marta, querida! Depois desta temporada vamos nos encontrar!

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  2. Bela história e incentivos positivos de seu pai que se torna tão importante para continuar a fazer como você fez! Profissional! Muita luz pra você! Parabéns pelo seu dia!

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Obrigada pelo carinho e pela participação. Abraços derretidos pra você... Giulieny Matos