Autores de livros infantis de Brasília

sábado, 30 de novembro de 2019

Contadora de histórias Claudete da Mata, de Florianópolis, mestre em psicopedagogia clínica

“O narrador de histórias desata a imaginação do ouvinte!”
Claudete da Mata
RAIO X
Nome Claudete Terezinha da Mata
Nome artístico Claudete da Mata
Nasceu e mora em Florianópolis/SC
Aniversário 13 de junho
Família Filha (29), e filho (28) e duas netas
Palavra Aprendizagens!
Lugar preferido Casa da sua mãe
Comida Moqueca de peixe com camarão (será porque ela mora bem na beira da praia? - risos!)
Bebida Água com pétalas de rosa vermelha
Natureza Bosque
Hobby Confeccionar bonecas Abayomis
Filme preferido O Mágico de OZ
Ama Família, amigos fraternos, animais e plantas... "E tudo o que se faz de útil ao planeta..."
Detesta Falta de ética e mau caráter
Odeia Posturas vingativas, deboches com exposições e agressões em público
Qualidade Amar incondicionalmente
Defeito Abraçar todas as pessoas
Mania de Cheirar as roupas antes de vesti-las
Medo de Morrer longe dos seus amores
Um sonho "Conseguir ver todos os Contadores de Histórias unidos com amorosidade humana, sem intrigas, nem disputas."

Privilegiada em morar perto da praia, contar histórias ao pôr do sol ou junto à mata da cidade, nas turmas da faculdade, nos cursos ou na família, nossa 55ª homenageada deste blog tem muito para partilhar conosco. 

Turma de contadores de histórias e poetas de Santa Catarina. Praia de Itaguaçu, "pedra grande" em tupi-guarani
Claudete da Mata é pedagoga desde 1985, especialista e mestre em psicopedagogia clínica e institucional. Pretende se dedicar com exclusividade à arte da contação de histórias e mediação de leitura animada a partir do Projeto MÃOS QUE TECEM HISTÓRIAS, onde trabalha com apresentações e oficinas de formação para profissionais das áreas humanas (psicólogos, professores,  arte-educadores, pais, terapeutas ocupacionais, e para quem quiser!).  Claudete da Mata esteve em Brasília partilhando seus conhecimentos como professora contratada do curso de pós-graduação em “A Arte de Contar Histórias”, de Maristela Papa, onde a conheci! A partir de 1996, quando terminou o curso de pós-graduação, e realizou seu mestrado, tornou-se professora convidada de faculdades em Santa Catarina e Paraná.

Helena, netinha de Claudete, fascinada pelos livros!
Nossa homenageada da semana, Claudete da Mata, tornou-se contadora de histórias dentro de sala de aula, lá em março de 1985 (risos...), ao iniciar sua carreira de magistério numa unidade de educação infantil, turma de jardim de infância (lá no século passado - risos). Atendeu uma menina de quatro anos de idade, de família carente, casa sem banheiro, sem água até mesmo para cozinhar ou tomar banho. A menina, pasmem..., tinha medo do chuveiro. Claudete apresentou o amigo chuveiro a ela. A pobre da menina tremia de medo, mas precisava daquele banho para se socializar com a turma. Começou carinhosamente a cantar “alecrim dourado” para acalmá-la. Quando a menina parou de tremer, lhe contou, de improviso, a história da “menina que abraçou a água e saiu toda cheirosa.” Desde aquele momento, Claudete começou a contar muitas outras histórias. Sua fonte de inspiração foi aquela menina, outrora sujinha e assustada, que passou a gostar de tomar banho e de ouvir histórias com os amigos de sala de aula.

Facebook: Claudete Terezinha da Mata (atende também pelo Messenger) 


Seu amor pela contação de histórias e seus efeitos reflete o quanto se importa com as crianças. Entrou na escola aos 7 anos. Tinha um desejo imenso de estudar, pois seu irmão, dois anos mais velho, ia para a aula e ela ficava para trás. Estudou numa época na qual as crianças apanhavam, a educação à base da repressão...  O apelido da sua primeira era "mãe do Castelo Branco", pois era muito brava e beliscava os alunos. Todos os dias obrigava as crianças a decorarem a tabuada. Não conseguia aprender, não conseguia se concentrar. Todo dia Claudete era coroada com o par de orelhas de burro, e ficava ajoelhada atrás da porta em cima de grãos de milho. Como gostar de tal professora? Ela apanhava na fila dos alunos porque não ficava quieta. A hora da leitura era outro sacrifício. Adorava a cartilha "Caminho Suave", mas não fazia as tarefas conforme as orientações. Ganhava todos os castigos possíveis. Nos anos seguintes, se escondia num buraco do lado de fora da escola até matar as aulas definitivamente. Em razão disso reprovou de classe várias vezes. Resultado, aos doze anos ainda estava no 1º ano fundamental. Já era uma dissidente. Descobriu mais tarde, adulta,  já na faculdade, que era hiperativa. A vida deu muitas voltas. Tornou-se professora de universidades e de cursos de pós-graduação de Santa Catarina e Paraná, ensinado professores como lidar com os diferentes tipos de alunos. Histórias assim, fazem-nos refletir. 

Claudete contando histórias na criação do evento Romaria da Palavra (17.11.2017), na praia de Itaguaçu/SC 

Claudete da Mata participa da Associação de Contadores de Histórias de Florianópolis (ACONTIF), já com 18 anos de existência, Grupo Mãos que Tecem Histórias, Grupo de Poetas da Trindade, Academia Brasileira de Contadores de Histórias (da qual é a Presidente Nacional-Fundadora Vitalícia da Cadeira 01, por aclamação em assembleia de sua criação em 2/6/2014). Mobilizou mais de 35 contadores de história para a criação da Setorial da Contação de História do Município de Florianópolis, onde hoje há uma cadeira para o contadores de histórias no Conselho Municipal de Cultura de Florianópolis, com editais próprios para eles. Conquista fantástica!

Conheceu a Associação dos Amigos das Histórias- AAH em 2017. quando participou de uma roda de histórias no dia 10 de agosto no Taguaparque.  Para ela, foi um fato marcante conhecer William Reis e Maristela Papa.

Um fato engraçado, ao mesmo tempo espontâneo, ocorrido com Claudete, foi quando ela se perdeu durante a apresentação de uma história favorita: “A Lenda das Pedras de Itaguaçu - a conhecida “Festa das Bruxas”. Um menino do meio do público gritou em voz alta: “Minha mãe disse que bruxa não existe!” Claudete soltou aquela gargalhada assustadora e o menino se encolheu todinho dizendo a ela: “Sai daqui bruxa, sai!!!” Claudete soltou outra gargalhada de felicidade ao ver a magia da história tomar conta daquele menino descrente de bruxas (risos). Depois de um abraço ligeiro, saiu correndo de medo, “aquele medo que leva o leitor-ouvinte à sublimação das emoções devido ao sintoma causado pela força da palavra bem contada”, nos revela Claudete.

Claudete da Mata contando histórias pela Academia Brasileira de Contadores de Histórias, no Projeto Tempo de Histórias, no Bosque da Casa do Governador Hercílio Luz, em Taquaras/SC - 2016
O nascimento das netas renovou seu repertório artístico. Os momentos de convivência com as pequenas Catarina e Helena têm sido marcantes em sua vida, pois, para nelas Claudete se encontra e se realiza promovendo mediação de leitura animada e contando histórias. Elas a inspiraram na criação do curso de formação do Contador de Histórias - Mediador de Leitura Animada para Bebês”, curso oferecido desde 2017, desde quando nasceu sua primeira neta. Já formou duas turmas em Florianópolis e pretende continuar com o projeto que deu super certo.

A GUARDIÃ DAS HISTÓRIAS DA MATA

Contando histórias pela Cia Mãos que Tecem Histórias, numa ONG Filantrópica do Município de Palhoça/SC. Ação voluntária! 
Claudete da Mata gosta de contar histórias para todos os públicos. Gosta de ver as gerações juntas, interagindo nas suas diferentes idades. As suas principais apresentações são as do projeto Tempo de Histórias, da ABCH, e as apresentações da Cia Mãos que Tecem Histórias, projetos criados por ela mesma. A história que mais gosta de contar é “Por que há tantas estrelas no céu?”, de Leonardo Boff. Ela se apresenta a cachê e também é voluntária para alguns projetos sociais. Aceita convites para ministrar disciplinas em cursos de pós-graduação em "A Arte de Contar Histórias" e capacitação para contadores de histórias. Também atende festas infantis e escolas.

CONTATOS
E-mail: claudete_tm@hotmail.com
Facebook: Claudete Terezinha da Mata (atende também pelo Messenger)

Reportagem 18 de abril: Dia Nacional do Livro Infantil - Jornal de Florianópolis

Troféu de super contadora de histórias 
para Claudete da Mata!

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Giulieny Matos e a turma de Brasília, Associação Amigos das Histórias

*Giulieny Matos: é autora de literatura infantil, mora em Brasília, é membro titular da Academia Inclusiva de Autores Brasilienses – AIAB, com pós-graduação em contação de histórias pelo curso da Maristela Papa. Visita escolas e conta histórias por onde passa. 

*Títulos publicados: Cadê Minha Mãe? (Ing/port/braille), Doutor Akazo, Somos Todos Especiais (Ing/port/braille), Mamãe Nota 100 (Ing/port), A lagarta Vitória, The Melted Girl, A Menina Tagarela, O Cardápio Maluco, A Família dos Carneirinhos Coloridos, A Menina Derretida.



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7 comentários:

Obrigada pelo carinho e pela participação. Abraços derretidos pra você... Giulieny Matos