Autores de livros infantis de Brasília

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A banda “LOST IN HATE" e seu estilo de vida straight edge




GUERREIROS DO HARDCORE
x
HERÓIS MORTOS DE OVERDOSE


Rock`n roll, sim!
Drogas,não!


Por Giulieny Matos 


A banda “LOST IN HATE”, que surge na contramão dos roqueiros tradicionais do "sexo, drogas and rock`n roll". Com um jeito diferente de divulgar a música, e com um estilo de vida straight edge, a banda é composta por jovens das cidades satélites do DF, musicistas hardcore, que vivem sem consumir qualquer tipo de droga lícita ou ilícita.

O trabalho deste grupo mostra a toda a sociedade, principalmente aos jovens, que é possível se divertir sem o uso de qualquer tipo de droga. Pesquisa recente do IPEA, intitulado Causas e Conseqüências do Crime no Brasil do IPEA, revela que mortes por envenenamento por overdose e álcool aumentaram 694% em 12 anos.

STRAIGHT EDGE
O modo de vida straight edge, traduzido como “caminho reto”, é uma vida livre de drogas. Acredita-se
que a pessoa não precisa se entorpecer para contestar e nem para ser feliz. Rodrigo, vocalista do “Lost in Hate”, cita o Eduardo do grupo de rap “Facção Central”, cuja mensagem condena o uso de drogas, e declara que enfrentar e perceber a vida estando lúcido dá ao ser humano melhor percepção social, pois a “droga é a principal ferramenta do opressor para impedir a nossa revolução”.

GUIGOWS, O VOCALISTA – RODRIGO
Rodrigo

“Enfrentar e perceber a vida estando lúcido!”
GM - Rodrigo, o que trouxe você para essa opção de vida?
RODRIGO – Meu pai sempre passava mal por causa da bebida. E, na família,..., vários problemas com o alcoolismo. Eu não quis ser como meus tios e nem dar esse desgosto pra meus pais. Estou há dez anos sem drogas.

BRUNO, O BATERISTA
“Viver com drogas não é diversão.”
GM – Bruno, não é comum um jovem todo tatuado, roque pauleira,
Fábio
“limpo”... Por que você foi atraído pelo straight edge?
BRUNO - Apesar de ter nascido em igreja, tenho familiares envolvidos com álcool. Meu avô morreu de cirrose. Já bebi, e já me envolvi com jovens “barra pesada”, mas por alguma razão, nunca me interessei pelas drogas mais pesadas. Uma noite de diversão por um final de semana inteiro de dor? E ainda, na semana não conseguir produzir nada? Cheguei sozinho à conclusão de que essa vida não é diversão. Envolvimento com bebidas e drogas não é uma vida que quero para mim.

Bruno
FÁBIO, O BAIXISTA
“Hardcore livre de drogas!”
GM – Fábio, conte um pouco sobre você.
FÁBIO - As pessoas me perguntam como a gente se diverte! (risos). Em 2014 completam 11 anos que aderi o straight edge como estilo de vida. Estou “limpo”. Perdi uma amiga jovem em 2006. Alguém colocou algo em sua bebida e ela teve uma parada cardíaca. Fiquei chocado e ainda fico. Na escola, num grupo de trinta amigos, só eu não bebia. O único lúcido de dezesseis anos da sala de aula – eu! –, tinha de tomar conta dos outros... Estou participando de um documentário sobre o straight edge. É um estilo de vida que se resume no hardcore livre de drogas.

ATUAÇÃO
“A nossa forma de não usar drogas é radical.”
De som metal pesado, este grupo hardcore livre de drogas, como bem define o guitarrista Fábio, sem pieguismos ou pregações, realizam seus shows pelo Brasil afora apresentando sua música e seu comportamento sóbrio, respeitando a todos. Não são ligados a qualquer partido político, instituição ou igreja, mas escrevem letras que levam a uma reflexão interior. “É o indivíduo que precisa perceber-se...” Nos contam que num determinado show uma jovem se aproximou deles e lhe relatou que estava “limpa” desde que conheceu a banda “Lost in Hate” em um show anterior, porém somente naquela ocasião, por estar sóbria, teve coragem de enfrentar a vergonha e dizer a eles sua vitória.

Recentemente fizeram uma turnê por doze Estados do Brasil, promovendo ao mesmo tempo a alegria do rock e essa cultura de paz.

Eles têm tido um retorno muito positivo de seus fás, pois são uma banda jovem, com dois CDs/álbuns produzidos. São tatuados, viajam o país inteiro, e estão na contramão do que muitos pensam sobre o rock em geral. “A nossa forma de não usar drogas é radical”, desabafa Fábio.

O PRECONCEITO
“Fazemos diferente, ao contrário de vários grupos de amigos (não todos) que se reúnem para beber ou se drogar!”
GM – Vocês já sofreram preconceito, em virtude desse estilo de vida?
LOST IN HATE –Antes havia sim muito preconceito. Somos respeitados pelo trabalho desenvolvido, e conquistamos o público pelo nosso esforço e nosso exemplo de vida. Mas sempre que precisam, especialmente na hora da de ir pra casa, nos elegem como “o motorista da vez”! (risos)

"Wolverine"- PROFESSOR GELDO, PARCEIRO E FÃ
"Wolverine"
“Nosso estilo conquista pela alegria de viver!”
Professor Geldo, do Recanto das Emas, que acompanha a banda, acha que as campanhas contra o álcool e cigarro não estão acontecendo com o efeito esperado. Ao contrário de demagogias, o estilo straight edge conquista as pessoas pelo testemunho de que são felizes como vivem, sendo proativos e demonstrando alegria e saúde.


www.xlostinhatex.com.br

***Cultura da Autodestruição**** (música)
X Lost In Hate X
A nossa historia é marcada por tragédias
Milhares de vítimas
Em conseqüência de más escolhas
Irresponsabilidade
O consumo desenfreado daquilo que há tempos
Destrói famílias e vidas
Algo que é propagado livremente como normal
***Lost in Hate***
www.xlostinhatex.com.br

Parte de uma cultura nacional
Que faz com que a população,
Seja induzida a achar que aquele prazer
Momentâneo é uma válvula de escape de uma vida regrada
Cheia de limitações e pudores
Que na verdade esconde o que realmente acontece
Tirando a sua capacidade de contestação
Te fazendo mergulhar cada vez mais nesse abismo de falsa libertação
Que no fundo esconde uma prisão sádica e cruel.
Prefiro me manter são
E encarar a real condição em que nos encontramos
Quando descobrirmos que nos livrando das ilusões
E dos nossos próprios
Fantasmas poderemos enfim lutar e vencer
Acabar com o a cultura da autodestruição.

Contatos para shows: www.xlostinhatex.com.br

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Obrigada pelo carinho e pela participação. Abraços derretidos pra você... Giulieny Matos