sábado, 30 de abril de 2011

Existe cesárea desnecessária?


UM BEIJO DE CORAGEM

Uma amiga minha aos 8 meses de gestação, acercou seu médico, e teve coragem de procurar outro profissional porque ele admitiu, enfim, não lhe oferecer a opção do parto normal. Parabéns pela sua coragem e pelo seu sucesso! Você atingiu seu objetivo!

Como saber se o seu médico pretende enrolá-la e fazer uma cesárea desnecessária?

Vale a pena conferir o site http://www.amigasdoparto.com.br/cur003.html e dar uma olhada no tipo de conversa do médico. Leiam também os contos que eles publicam. São excelentes!

Eu ainda, até hoje, acredito que meu primeiro parto poderia ter sido normal, já que eu tinha essa intenção. Fui covarde, admito. Entronizei todos os medos que o médico me sugeriu. Não tive a oportunidade nem de sentir a bolsa romper. A criança não estava em sofrimento. Não tinha cordão umbilical enrolado. Estava encaixadinho na posição. Terei de conviver com isso até o fim de meus dias. Com a informação que possuía, poderia ter ido atrás, como fez uma prima minha, de uma parteira para me acompanhar. Até porque fiquei sabendo - depois!!! - que as mães com mais de 30 anos de idade é normal a gestação chegar a 40 semanas ou até um pouquinho mais.

Uma realidade: os médicos de hoje são formados para serem cirurgiões. Acho que os médicos, de um modo geral,  têm medo de proceder ao normal. A cirugia é que se põe como normal e previsível. Também pudera, a prática da formação que recebem está focalizada na execução de cirurgias. Precisamos dos cirurgiões, é claro, mas para aos casos extremos. Mulheres com mais de trinta anos obviamente terão um parto mais demorado que uma de vinte. Antes o SUS pagava mais ao médico pela rezliação da cesárea. Mas, pelo que estou sabendo, os valor se igualou ao do parto normal. No entanto... os médicos se acostumaram com sua agradável agenda. Não precisa desmarcar pacientes do consultório nem acompanhar horas a fio a criança nascer. Normalmente não são adeptos de surpresas e muito menos de perder horas de sua madrugada.

Minha bisavó era parteira na cidade. Antes de eu existir, antes de meus pais pensarem em se conhecer, minha bisa ajudou nos partos de todos os meus tios caçulas (tanto de um lado como de outro)... e com sucesso!!! Ela ia para um lado da cidade e a outra parteira para outro. O médico era convocado para agir nas situações críticas.

Há que se considerar, indubitavelmente, que o número de viúvos por morte de parto da companheira é uma estatística inexpressível. Mas não podemos esquecer que é preciso deixar a natureza realizar seu papel.

NORMAL É PARTO NORMAL.
Seja adepto desta campanha, contribua distribuindo coragem às futuras parturientes.
Envie esta mensagem a todas suas amigas grávidas, mande um beijo de coragem para elas!
Por Giulieny Matos, em abril/2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Escola produz livro com conselhos escritos pelas próprias mães - Dicas de segurança com os filhos pequenos

Olá para todos!
Parabéns à Escola La Salle pela iniciativa de fazer um livro com textos produzidos pelas mães do Infantil como forma de partilhar, no dia das mães, a sua força, sua dedicação e partilhar um pouco das experiências vividas!

Segue minha colaboração...

Sou Giulieny, mãe de dois alunos do Infantil. Trabalho com Segurança Pública há dez anos.
Como pessoa relacionada a segurança pública, as dicas mais comuns para lidar com crianças continuam valendo:
→Quando sair para participar de eventos de multidão, além de explicar a importância de ficar sempre perto uns dos outros, colocar no filho crachá com todos os dados, estabelecer um ponto de encontro em caso de desencontro;
→Ensinar o filho a decorar pelo menos o telefone de casa;
 →Observar qualquer mudança brusca de comportamento;
→Não aceitar coisas de estranhos;
→Não falar com ninguém estranho na rua; nem ao telefone; não dizer o endereço pelo telefone;
→Orientar o filho para uma opção inteligente de comportamento e obediência, mais favorável que o comportamento cego submisso que o torna vítima fácil de predadores, principalmente com o chamado “círculo de confiança”;


Cuide por amor!
  →Falar abertamente e com clareza: “Não aceite droga de ninguém, nem para experimentar”; “Ninguém pode passar a mão no seu pênis, na sua vagina, nos seus peitos...”, “Ninguém pode pedir para você tirar a roupa e ficar nú...”, “Ninguém pode tirar foto sua sem roupa...”. Ao dizer isso, os porquês virão naturalmente, e será uma oportunidade para um diálogo produtivo de sobrevivência com seu filho.
→Saber dizer “Não”. Saber gritar!!!
→Etc, etc, etc...
No dia a dia, observei dentre as mães que visitam seus filhos encarcerados sempre a mesma desculpa: “- Não foi meu filho, Dona! Ele se envolveu com más amizades...” Muitas mães não acreditam que foram seus filhos que cometeram este ou aquele delito, mas sim amigos com os quais ele se envolveu, e desde pequeno este indivíduo não responde por sua culpa. E não tem classe social. É a tal mãe que, ao invés de dar uma boa bronca, explicar o que foi feito de errado, e colocar de castigo, passa a mão na cabeça do filho e deixa para lá, autorizando o comportamento errado e o pior, reforçando-o. Os pais podem incentivá-los a pensar pela sua cabeça, e não se envolver com os desafios do grupo de amigos só para provar que seu filho é mais corajoso ou superior aos outros.
Minha dica é, se o filho fez certo, elogie-o ao máximo, mas se ele fez errado, sempre ensine-o a assumir seus atos e seus erros, e que todo ato tem suas conseqüências.

“Quem reconhece os próprios erros prova que hoje já tem mais sabedoria que ontem.” T. Kempis

Por Giulieny Matos
Mãe de alunos da Unidade La Salle
aos 22 de abril de 2009

Tá na hora de tirar o peito?

Conseguir amamentar é, em nosso meio atualmente, um ato de amor e heroísmo. Muitas mulheres têm dificuldades em amamentar, é o fato. A melhor coisa que fiz foi o cursinho para gestantes, um pelo posto de saúde e outro no hospital Anchieta, de modo que algumas palestras foram ministradas pelo próprio diretor, espetaculares, aliás! Se eu não tivesse feito o curso dificilmente teria conseguido amamentar, tudo parece certamente um mundo estranho...


Mas enfim... Como é difícil para algumas mães desmamar um filho quando chega a hora! Várias são as razões... comigo a pequena que já tinha um ano e sete meses,  descobriu que ficar pendurada no peito lhe dava uma vantagem de tempo no colo da mãe, frustrando a concorrência com o irmão praticamente do mesmo tamanho. Quando se tem dois filhos pequenos e muito próximos em idade é difícil perceber quando um está obtendo mais atenção que o outro. Meu marido percebeu que um estava tendo mais colo que o outro e eu precisei administrar esse fato, aparentemente, tão simples.


Ao desmame! Primeiro, enfrentar a culpa e seguir em frente. E agora, o que fazer? Os peitos se enchem de leite, muito leite, e como dói. Até a mãe fica louca para oferecê-los e esvaziar as mamas. Depois de várias tentativas frustradas, conversando com outras mães, me sugeriram passar basosa. Ache babosa. Passe babosa. Que ruim a babosa! Segunda tentativa. Pinte o peito com pincel atômico, faça pequenos pontos e diga que está com catapora, "o peito tá dodói!". Estava funcionando muito bem até que, num vacilo, saí do banho com os peitos limpos. "Sarou!!!!!!!!! Oba!!!!!!!!!!" Última tentativa. Passe pasta de dente ao redor do peito. A mais ardida que achar. Tiro e queda.
Boa sorte.
Por Giulieny Matos
de Brasília, em 27/4/2011

Dia das mães

  Nº 61                                 Águas Claras - Taguatinga/DF


Dia das mães – bem mais do que um presente
William César de Andrade

Desde a antiguidade mais remota há registros de celebrações e festas a deusas grávidas ou tidas como mães. Pequenas estatuetas indicam no oriente antigo a presença de deusas da fertilidade. Gregos e romanos também tinham suas deusas mães, para os primeiros havia Reia, a mãe de todos os seres, e em Roma as homenagens eram feitas a Cibele – mãe dos deuses.
         É evidente que nestes cultos estão colocados alguns dos valores que  marcavam o mundo patriarcal de então. As mulheres no dia a dia não tinham poder ou participação nas decisões políticas, mas eram elas que geravam os filhos de que tanto a sociedade necessitava. Homenagear a maternidade era assegurar simbolicamente a continuidade da própria sociedade e, manter as mulheres no lugar que lhes fora socialmente atribuído.
         Na cultura judaica, nos tempos bíblicos, não era muito diferente. A fertilidade não era um atributo feminino, de fato o homem é que possuía esse dom, contudo dependia da mulher ter as condições de acolher e conservar em seu corpo a criança. Esta perspectiva explica porque a esterilidade só poderia ser atribuída à mulher.
         No cristianismo as vertentes culturais gregas, romanas e judaicas se mesclaram em vários aspectos, mas não houve mudanças significativas no lugar da mulher na família e na sociedade. Os discursos e práticas mais libertárias de Jesus, que inclusive abriu possibilidades de um amplo discipulado ás mulheres (a narrativa de Marta e Maria assim o expressa), não foi seguido pelas primeiras comunidades. Em menos de 50 anos os códigos familiares e domésticos que regiam o mundo greco-romano também se faziam presentes nas casas e igrejas dos cristãos.
         Por quase dois mil anos os principais papeis sociais relacionados às mulheres, considerando-se o Ocidente, estiveram relacionados ao lar e ao cuidado com os filhos, ficando aos homens os papeis de atuação pública e a condição de provedor de recursos e meios de vida para a família. Assim, não é estranho que várias devoções a Nossa Senhora e algumas santas tenham por eixo o parto (N. S. do Bom Parto, N. S. da Conceição), os sofrimentos e os medos presentes muitas vezes numa gravidez (N. S. das Dores).
         Entretanto, é preciso salientar que desde o século XVI as mulheres foram agregando a seus afazeres outras ações, pois além de ajudar ao marido/pai/irmão/filho na agricultura, agora também estavam presentes no comércio e nas artes. Há que se considerar também o enorme número de viúvas e de famílias destroçadas pelas guerras que varriam de tempos em tempos a Europa.
Sempre existiram mulheres que fizeram a diferença, que tiveram uma presença pública, tais como rainhas, abadessas, esposas de nobres, artistas de teatro, santas doutoras da igreja (Teresa D’Avila). É com o mundo capitalista que novas brechas irão surgindo, principalmente a partir do crescimento das cidades, profundas mudanças na ordem econômica e política. Um dos principais símbolos da Revolução Francesa é uma mulher que faz parte da luta ao invés de ficar em casa.
A revolução industrial também modificou na prática a vida das famílias e com isso os papeis atribuídos às mulheres. Crianças e mulheres eram também mão de obra nas minas e nas fábricas, compondo com os homens o rendimento familiar. No decorrer dos séculos XVIII e XIX a exploração ultrapassa os limites do humano, seja pelas horas de trabalho (até 18 horas), pelas péssimas condições de trabalho e moradia, seja pela morte prematura dos trabalhadores. É nestas condições de degradação da vida e das relações humanas em geral, que surgem os movimentos de trabalhadores e trabalhadoras por direitos sociais, econômicos e políticos. Os atuais dias internacionais do trabalho e da mulher evocam essas situações de luta e resistência em prol da vida.
As mulheres conseguem ingressar no espaço da cidadania, pouco a pouco conquistam direitos ao voto e a representação política, bem como o acesso ao estudo e às universidades. Mas isso não significou o fim dos papeis tradicionalmente atribuídos (o cuidado do lar e dos filhos) ou uma efetiva reformulação dos valores e instituições sociais. No decorrer do século XX esse processo se intensifica e a mulher cada vez mais entrará nos espaços que até então eram tidos como masculinos.
Enquanto as mulheres avançam em todos os campos sociais e com isso desmontam a cultura patriarcal e centrada no gênero masculino (androcentrica), surgem movimentos de reafirmação de seu papel tradicional (do lar e geradora/cuidadora de filhos) e tentativas de manutenção da desigualdade social entre homens e mulheres. O dia das mães, no formato como existe hoje, surgiu em meio a essas contradições.
No 2º domingo do mês de maio, desde 1932, no Brasil comemora-se o dia das mães. Mas essa não é uma ‘invenção’ brasileira, de fato ela já fazia parte da cultura inglesa (desde o século XVII existia um domingo das mães) e em 1914 tornou-se lei nos Estados Unidos.
        
O que motivava a criação desta data?
Anna Jarwis em 1904 defendeu a idéia de que se devia fazer uma homenagem às mulheres que foram fortes, durante a guerra civil norte-americana, dentre elas sua mãe. Nesta guerra muitos morreram e os conflitos chegaram a atingir as próprias famílias.  Em sua origem esse dia era para celebrar esta capacidade de amar, resistir e apesar de todos os sofrimentos manter viva a esperança de que a vida é o maior dom que Deus nos deu.
Poucos anos depois que o dia das mães foi instituído nos Estados Unidos  (em 1923) a própria Anna Jarwis denunciou o uso mercantil da data. O comércio estimulava a compra de presentes e a organização de festividades, a tal ponto que o eixo da homenagem acabava esquecido. É fato que o mesmo ocorre hoje em dia com o ‘dia da criança’, com o ‘dia de ação de graças’, com o ‘Natal’!

Feito esse caminho histórico podemos tirar duas grandes conclusões:
1) As mulheres e os homens ao celebrarem a maternidade estão simbolicamente falando da vida e dos desafios para se viver num mundo de igualdade e verdadeira fraternidade. No dia das mães, fica o apelo à construção da justiça - como as mães da Praça de Maio sempre clamaram na Argentina. Também é preciso superar toda forma de violência doméstica, principalmente aquela que nasce de traumas e frustrações masculinas, tal como nos lembra a Lei Maria da Penha. Enfim é preciso reafirmar a defesa da vida de nossas crianças e de tudo o que é belo e bom. Neste sentido cabem gestos de carinho, momentos de ternura e até mesmo alguns presentes.
2) Existem contradições em nossa sociedade no que tange ao lugar das mulheres e aos papeis sociais que elas devem desempenhar. Há grupos que desejam que elas retornem ao lar e às suas antigas atribuições, e estes muitas vezes se utilizam até de argumentos religiosos para propor esse caminho. Outros  grupos, e nos parece que são a maioria, acreditam que a igualdade fundamental entre homens e mulheres precisa ser efetivamente estabelecida em todos os campos da vida social e, que ainda há muito a ser conquistado  para que a plenitude do humano esteja expressa em nossa cultura.

Viva o dia das mães!

Acredite que maternidade e paternidade são parcelas de nossa condição humana e precisam estar integradas à totalidade do que somos. Sonhe com uma humanidade em que não haja mais as mães dolorosas dos filhos e maridos que lhes foram tirados pela violência, miséria ou qualquer outra forma de opressão.


Acesse o sítio do projeto celebrações e reflexões para leitura dos textos anteriores: http://www.pcr.ucb.br/

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mãe de primeira viagem é triste!!!


Mãe de primeira viagem é quase sempre neurótica: acorda várias vezes pra conferir se o bebê está respirando, qualquer tosse acha que é uma síndrome rara...e acaba se culpando pelo andamento das situações normais do cotidiano por fazer tempestades em copo dágua.

Assim foi comigo. E creio que seja com todas as aspirantes da maternidade. O próprio cansaço da nova vida não nos deixa dormir e abala até os mais primários pensamentos. Mas a alegria e a felicidade de ter em suas mãos uma VIDA que depende inteiramente de você é algo fantástico.

A melhor e mais prática coisa do mundo da mãe novata é poder carregar o pimpolho para todos (ou quase todos!) os lugares. O peito é a marmita pronta. E só. Nessa tranquilidade passei um mês na praia com meu filhote de 3 meses. Tudo deu certo, muito certo!!!  Em outras férias - já com outro bebê, fomos com dois carinhos de bebê para Maragogi. Não é preciso deixar de viver porque vieram os filhos. Somente é preciso aprender a realizar programas que os incluam nos roteiros. A história da família começa com a convivência. Seguir os instintos e confiar que tudo vai dar certo faz a viagem da mãe confirmar-se em sonho bom.

Por Giulieny Matos
de Brasília, em 27/4/2011

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

18 de abril - Dia do Livro

Hoje é dia do Livro Infantil! Parabéns a todos os autores, ilustradores e editores.
Parabéns a todos os leitores do mundo infantil!!!
Abraços,
Giulieny Matos